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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

NÓS - Nova Ordem Solidária

Texto maravilhoso de um grande Amigo, com 87 anos, que já fez quase tudo e que me inspira todos os dias.
Agradeço o privilégio dos seus telefonemas, da sua energia criativa, do seu ânimo, do seu sorriso permanente.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

USE O BOTÃO DE PAUSA

Imagine ver-se numa TV de plasma gigante. Ao assistir a sua vida, você vê os momentos em que reage. Enxerga claramente onde a raiva começa ou talvez veja-se encolhendo de medo ou caindo na rejeição.

Agora imagine que tem o controle remoto nas suas mãos.

A cada vez que estiver a ponto de ficar reativo, você simplesmente aperta o botão de pausa e se pergunta: "O que estou prestes a fazer vai ajudar a trazer toda a felicidade e plenitude que posso ter ou vai-me trazer caos, destruição e baixa autoestima no longo prazo?"

Tente usar esse botão várias vezes ao longo do seu dia, não apenas hoje mas no decorrer da próxima semana. Veja como isso muda a dinâmica dos desafios que enfrenta, assim como a reação daqueles que estão próximos de si.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Carrie Fisher escreveu um dia, "gratificação instantânea demora muito tempo."



É uma citação engraçada, mas é a forma como muitos de nós sentimos e isso leva-nos a acalmar os nossos desejos com satisfação a curto prazo, atrasando todos os nossos sonhos de se tornarem realidade. Em vez de esperar pela alma gémea, ficamo-nos com alguém que é suficientemente bom. Em vez de perder umas horas por dia na nossa profissão de sonho ou numa manifestação de promoção, tornamo-nos complacentes com o lugar que meramente paga as contas.

Onde estás a substituir os teus direitos de nascença com uma reparação a curto prazo?

É altura de começar a prosperar em vez de apenas sobreviver.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Leitura obrigatória de férias! Manuel Forjaz



Intróito
Fui um mau aluno universitário e do período não tenho boas memórias.
Lembro-me de uns professores que usavam umas palavras como Amendoácia para caçar incautos, mas sobretudo não me lembro de quem me tenha incentivado a gostar de aprender ou a usar o cérebro. “Mea culpa”, seguramente.
O ensino era sobretudo de memória e portanto quem a tinha melhor vencia tradicionalmente o prémio de melhor aluno, sobrando para os trabalhadores, viajantes, boémios, curiosos e experimentalistas os últimos lugares do pódio e trabalhar na função pública ou em anónimas pmes.
Aos melhores alunos cabiam as melhores propostas de emprego, tradicionalmente na Mckinsey ou Unilever, onde ao fim de 10 anos, um em cem chegava a um lugar de direcção, ganhando 4 mil Euros e com um BMW de serviço (o passo anterior era um carro francês). E com mais 10 anos de “carreira” um em mil chegava ao lugar de Director Geral.
O modelo de promoção e consecução da felicidade era simples: study, work, get promoted, money, power, visibility, get recognised, reproduce and die.

O Novo Mundo
Há anos que travo a batalha do empreendorismo familiar e social. Os governos portugueses há muito obnubilados pelas tecnologias insistem noutro caminho. O dos enzimas, do software, dos Magalhães e dos clusters muitos que sucessivamente vão soçobrando perante um mundo onde à rápida transferência de tecnologia e informação se aliam custos horários laborais muito competitivos, sistemas educacionais de ponta e baixos custos empresariais sociais (segurança social, sistema público de saúde, fundos de desemprego, etc). Que inevitavelmente ensanduicharão o sistema de produção de riqueza nacional entre os centros de saber de Berkeley ou Stanford e as fábricas de microchips de Xangai.
Por outro lado, no seu débil contributo para a promoção internacional da economia portuguesa, insistindo na derrotada lógica dos bens transaccionáveis, esquece-se de processos, métodos de trabalho e brainware por contraponto às fábricas de calçado (Aerosoles), a quem faltando aquele (moda, design, know-how de gestão de retalho, branding, sponsoring, etc., etc.) não podem obviamente vencer em mercados onde o soft skill é infinitamente mais valioso do que o transaccionável sapato.

Empreendedores
Entrevistei e tornei-me amigo de vários empreendedores portugueses que ao longo dos anos criaram a sua riqueza, independência e mobilidade, alguns deles que entrevistei no meu livro “A Bela, Belmiro e Empreendedores”.
Nenhum deles conseguiu o seu sucesso com tecnologias ou hardware ou mesmo com o comércio de bens transaccionáveis.
Paulo Maló agiu com bom senso e poder de observação quando há uns anos atrás inovou no mercado dos dentistas oferecendo um serviço onde não se sofria e onde não se esperava (enquanto eu andava numa coisa chamada Clínica do Rato onde o tempo médio de espera era de oito horas e o génio que me atendia me metia um joelho no peito enquanto me arrancava os dentes...). Hoje é o maior operador deste mercado do mundo.
António Galhardo Simões vende SMSs na sua Send-it aos milhões. Não inovou nada a não ser quando oferecia aos seus clientes além da plataforma tecnológica que outros tinham, a construção integrada das promoções de marketing e ao consumidor que os seus clientes tanto valorizam.
O Diogo Assis a fazer o mesmo que muitos outros (DMC) inovou quando convidou para sócio um partner inglês que fez exponenciar a facturação no mercado inglês.
Mesmo o Miguel Monteiro da CHIP7 não venceu (e mais soçobrou) pelos super-competitivos e transaccionáveis PCs que vendia. O Miguel venceu pela sua inesgotável tenacidade e porque também ele criou uma cadeia de inovação interna nas suas empresas (sempre o soft skill) ímpar até há alguns anos atrás.
O sucesso
Todos gostávamos de ser Bill Gates (ou pelo menos de ter o que ele tem), mas após lermos Outliers, entendemos o quão difícil é fazer coincidir um mínimo de talento, a uma óbvia oportunidade e a 10.000 horas de prática.
Todos gostávamos de ser Belmiro de Azevedo (ditto) mas há muito que os esperamos e parecem baixas as possibilidades de Portugal voltar a gerar um igual.

Os novos soft skills
Na sociedade ocidental, com a vastíssima maioria da população a pertencer a uma crescente classe média (no sentido em tudo está disponívele o meu pequeno almoço é igual ao de Américo Amorim), com consumos saturados numa grande panóplia de mercados (automóveis, telemóveis, alimentação e casa própria) claramente a pirâmide de Maslow ganhou mais um degrau .
Além do sucesso e reconhecimento profissional (ler ROBERTO SCHINIASHIKI “Cuidado com os burros motivados”), e do sucesso na construção duma forte auto-estima (e aparentemente os portugueses andam todos muito felizes, ver o último estudo da Visão), uma das fontes de felicidade passa pela arte da generosidade (ver “thanks” how the new science of gratitude can make you happier).
Este é um soft skill, portanto, não transaccionável no sentido aicepiano (que, ilustrativamente, não considera a metodologia de Cliente Mistério desenvolvida pela Ideiateca um bem transaccionável)

A crise e a oportunidade
“It was the best of times, it was the worst of times, it was the age of wisdom, it was the age of foolishness, it was the epoch of belief, it was the epoch of incredulity, it was the season of Light, it was the season of Darkness, it was the spring of hope, it was the winter of despair, we had everything before us, we had nothing before us, we were all going direct to heaven, we were all going direct the other way - in short, the period was so far like the present period, that some of its noisiest authorities insisted on its being received, for good or for evil, in the superlative degree of comparison only. “ Charles Dickens, A Tale of Two Cities (referindo-se ao período da revolução francesa).

De facto um mundo onde 50 biliões de dólares acabavam com a fome, vê o novo afro-americano presidente dos Estados Unidos gastar triliões a tentar reparar não se sabe bem o quê e a gastar mais não sei quantas centenas de biliões em sistemas de armamento e guerras sem fim.
A desertificação do centro das cidades, o explodir do consumo das benzodiazepinas, os suicídios, o partido pró-pedofilia holandês, a droga, as novas epidemias (sifílis, BSE, aves), as velhas guerras, o crime columbine, o desemprego crónico, são maus sinais numa sociedade em que o estado formal não é suficiente para os resolver.
O empreendorismo social ou a capacidade de mudar e melhorar o mundo, criando riqueza e emprego, nasce assim juntando esta urgência de ultrapassar a falência ou insuficiência dos sistemas sociais e a uma nova ordem motivacional individual.
Há seis anos frequentei o Insead Social Entrepreneurship Program, num tempo em que a própria expressão era mais ou menos experimentalista. Hoje multiplicam-se cursos, fóruns, workshops, programas (só em Março contei mais de 20 iniciativas em Portugal) sobre a temática.
E a boa notícia para o país é que é exportável o modelo do The Hub em vias de ser replicado em Portugal. É transaccionável e replicável o modelo do Banco Alimentar contra a Fome. Dos Médicos sem Fronteiras. Dos Pais Protectores. Que em ambos os casos podem assumir a forma de licenças de operação ou cooperação, mas também operando em franchising, gerando valor, emprego e um inequívoco valor de reaproveitamento de excedentes e de aproximação a um maior equilíbrio social.
E todos ajudarmos a criar um mundo melhor. Diferente.
http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/12528_CUIDADO+COM+OS+BURROS+MOTIVADOS

sábado, 26 de maio de 2012

A crise segundo Einstein

"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. 
A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta o seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções. 
A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. 
Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. 
Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."

Albert Einstein

A Classe Média é a grande geradora de emprego!

VER - Artigo


O aumento das desigualdades sociais é prejudicial para a América (e, por arrasto, para as demais economias) e que os ricos (leia-se milionários) deveriam pagar mais impostos. Ora e como o curador do TED deveria ter antecipado, o vídeo da mesma foi publicado no YouTube e tornou-se viral, bem como a polémica. Afinal, o autor da palestra controversa é o multimilionário Nick Hanauer, capitalista de risco e o primeiro investidor não familiar da Amazon e, no seguimento do famoso movimento Occupy Wall Street,  que deu rosto aos “99 por cento” versus o 1% que detém uma fatia de 40% da riqueza do país, as suas palavras não caíram muito bem. A palestra de Hanauer vai ainda mais longe, quando este defende que é a classe média, e não os inovadores abastados, como ele próprio, que são os verdadeiros “criadores de emprego” nos Estados Unidos.