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quarta-feira, 26 de maio de 2021

 TENS QUE DECIDIR, ANTES DE SABER O QUE IMPORTA

Estamos condenados a ter que escolher, quase sempre, antes de termos as informações necessárias a uma decisão sensata.
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O elemento mais importante na construção do que somos é a decisão. As escolhas. Não tanto pelo seu resultado, mas pelos valores que as determinaram.
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Não há condições perfeitas para avaliar as opções. É sempre um risco. Amanhã saberemos sempre mais e melhor sobre o que temos de escolher hoje.
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O tempo é um mar onde temos de navegar, escolhendo o destino e o melhor caminho a cada dia. As correntes, ventos e marés estão sempre a mudar, por isso importa estar atento e ajustar tudo o que de nós depende, para não nos deixarmos levar para onde não queremos, ainda que isso implique sacrifícios.
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Há pessoas que se condenam por todas as suas decisões. Algumas porque julgam sempre que as outras alternativas seriam melhores, mas só o julgam porque não foram por lá! Outros pensam que os erros lhes mancham a dignidade.
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Quantas decisões definitivas tomamos sem sequer nos esforçarmos por saber o que podemos saber e sem termos consciência de que o sucesso e o fracasso não dependem apenas de nós?
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Chegamos a pensar que quanto mais fé e menos saber colocamos numa escolha mais nobre ela é. No entanto, cabe-nos fazer a nossa parte e não embarcar em palpites demasiado irracionais, pois uma coisa é não sabermos tudo, outra, bem diferente, é escolher como se não conseguíssemos saber nada.
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Por vezes, ainda que não consigamos decidir bem, importa decidir no tempo certo. A indecisão é muito mais pesada do que a maior parte das más decisões. De que serve uma boa decisão demasiado tarde?
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Face a uma decisão errada, o que decides? Culpar-te, desculpar-te ou tentar compreender o que se passou?
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Uma decisão não estará completa até que a passes à prática.
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Decidir ainda não é mudar o estado e rumo das coisas.

José Luís Nunes Martins